quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Divagando sobre Liberdade

Quero abordar esse tema de uma forma mais poética do que filosófica, mostrando alguns pensamentos meus que gostaria de expressar, acredito que isso poderá ser captado no desenvolver das linhas.

 De certa forma todos nós somos livres, mas ao mesmo tempo estamos entre as correntes de um sistema, vivemos uma subjetividade alheia, sonhamos com os sonhos dos outros, ou até mesmo, somos criados para viver o sonho daqueles que nos criaram. Isso é fruto da frustração familiar.

 Deveríamos sair dessa superficialidade, viver a vida intensamente aprender a sermos simples, a não nos importarmos com as coisas criadas a partir do trabalho braçal de um homem, mas sim nos importarmos com o seu trabalho intelectual e a partir deste procurar evoluir, mas sem a preocupação do amanhã, pois afinal o amanhã foi inventado pelo homem, sendo que na verdade existe somente um dia com a intercalação de suas estações e do que chamamos de dia e noite.

 Procurar um objetivo e correr atrás dele, procurar outros pontos de vista sobre o mesmo ponto. Gostaria de conseguir compartilhar toda minha felicidade e mostrar que a vida não se passa dentro de um quarto atrás de um computador sobre uma mesa. Toda essa atmosfera lhe faz no máximo refletir do que talvez pudesse ser viver.
 Eu almejo a liberdade que a natureza e as pessoas podem me proporcionar, ter boa conversas, escutar boas musicas, fazer boas musicas se importar mais com o que esta sendo vivido, isso de uma forma fluida e não ficar planejando o que pode acontecer no futuro, pois o futuro nunca chega e o presente só se torna presente se você o aceita.
 Mas acima de tudo, eu quero alguém que me mostre o seu modo de viver, quero ver uma interatividade real, quero sair da futilidade da nossa sociedade em geral, quero conhecer a culturas diversas e me mudar com frequência. Não por luxo, mas por vontade de conhecer novos horizontes, ver a diversidade mundana ralé.

 Quero conhecer hippies e andarilhos, jovens e velhos, homens e mulheres e olhar para trás e ver que no fundo eu fui um pouco deles e esse pouco se transformou num todo me mostrando que em sou, abraçando da forma mais pura a metamorfose eterna a qual eu escolhi aderir. Olhar para trás e ver o quão inocente eu era querendo mudar o mundo ou viver o momento, sendo que na verdade era só deixar o mundo me mudar e deixar o momento me viver.

Tudo isso de uma forma positiva e verdadeira, mostrando que não é preciso ter marcas na carne para mostrar que se viveu nessa vida, mas sim um caráter marcado por ela, mostrando a sua singularidade e ao mesmo tempo a sua igualdade e conseguindo ver isso no seu próximo e sempre aprendendo com ele. Quero fazer parte dessa metamorfose eterna e deixar o mundo mostrar-me que temos uma visão errada das coisas, uma visão que o mundo é dos homens sendo que na verdade os homens que na verdade são do mundo e que só vamos aprender isso a partir do momento que nos permitimos ser algo melhor do que pensamos ser.


Quero morrer olhando para céu, para ter em mente que apesar de ter vivido intensamente, e independente dos lugares que tenha passado, eu não conheci tudo, e que o próprio céu não é o meu limite, mas o meu novo caminhar desse dia eterno.

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